segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Meu dia de tiete

No aeroporto de Porto Alegre:

Nurit - (Suspiro longo) É ele! É ele!
Avó - Você gosta dele?
Nurit - Amo!
Avó - Então vai dizer para ele!
Nurit - O que? Que eu amo ele?
Avó - Sim Nurit! Corre!


(Avó começa a correr)


Nurit - Não vó, não corre! Deixa que eu corro!
Avó - Diz que ama ele!
Nurit - Não, melhor não! Vou pedir um autógrafo...
Avó - Isso.
Nurit - Mas eu tenho vergonha!
Avó - Ah, faça-me o favor. Você tem papel?
Nurit - Ah, vai o do estacionamento mesmo...
Avó - E se a máquina engolir?
Nurit - Eu quebro a máquina!


(Na escada rolante, após correr pelo aeroporto)


- Oi
- ... oi....
- Eu PRECISO te pedir um autógrafo
- Huhum
- Eu tenho todos os seus livros! Eu leio tudo o que você escreve!
- Claro, claro
- E eu adoro tudo
(consciência: "menos Nurit, menos")
- Você tem papel?
- Sim
-Qual o seu nome?
- Nurit
- Hã?
- Ene, u, erre, i, tê
(penso em dizer: "ótimo nome para uma crônica, não?", mas a consciência mantém-se irredutivel: "menos Nurit, menos")

- Que dia é hoje?
- Dia quatro. Eu nunca pedi um autógrafo para ninguém, mas para você é diferente! Eu moro em Porto Alegre faz quatro anos e meio e sempre quis te encontrar! Juro mesmo! Sempre quis te pedir um autógrafo, porque adoro tudo, tudo mesmo que você escreve...
(consciência tentando desligar o controle central do cerebelo)

- Nossa, me sinto honrado. Obrigada Nurit
- Muito obrigada!


E-EU-FINALMENTE-CONSEGUI-UM-AUTÓGRAFO-DO-LUIS-FERNANDO-VERÍSSIMO!!