quinta-feira, 31 de julho de 2008

Qual o telefone da Super Nanny?

Para o horror das minhas 'amigas-mães' e especialmente do meu marido, eu tenho fobia a chilique infantil.
Antes de mais nada, deixo claro que amo crianças e que sonho ser mãe. Mas penso nos meus futuros rebentos como anjos de cabelos cacheados, educados e inteligentes a ponto de argumentar o porque levar tal comida coloridinha no supermercado ao invés de fazer birra e se jogar no chão.
Cada vez que presencio uma cena assim, sinto vontade de abraçar a mãe e dizer "calma, calma, o corredor de bebidas alcóolicas é o 23". Isto quando estou de bom humor. Em outras tantas vezes fico enfurecida, imaginando o que faria a Super Nanny. No mínimo, ela diria que a permissividade excessiva cria socipatas, ou que crianças precisam de limites como prova de amor. E eu concordo.

Sentar num restaurante imaginando ter uma agradável refeição e uma família com três filhos pequenos sentar ao meu lado é a certeza de calafrios. E se o caçula começar a chorar porque quer Coca-Cola, começo a procurar a próxima mesa vazia. E é aí que marido me olha com aquela cara de "você me preocupa".

Mas o que me preocupa, são os recorrentes pesadelos da minha sogra (que ela gentilmente chama de sonhos), com netinhos ruivos daqueles bem pestinhas, como o filho dela, que por sinal, é meu marido e contribuirá efetivamente na carga genética dos meus filhotes. E eu vou morder a lingua, tenho certeza.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Endereço novo

Sabe nos filmes, quando um jovem casal muda de casa e veste macacões enquanto pinta o novo lar ou arruma alegremente suas tralhas? Mentira. E das grandes.

Preciso confessar que quase perdi meu equilíbrio mental durante as últimas semanas. Entre sessenta e tantas caixas, marceneiro que atrasa, eletricista que não vem e gente que não respeita a parede branca de uma casa nova, adicionei fios brancos às minhas madeixas que, como acredita a massagista (saudades), são luzes. E casa tem o detalhe de, como diz o arquiteto, parecer um “ser vivo”. E daí você, que nunca tinha entendido a metáfora, percebe que as esquadrias são as artérias e a caixa d’água, o estômago. Que ronca.

Mas mãe que é mãe e irmã que é irmã vieram ajudar. E colocaram a mão na massa, fizeram companhia e bolo de laranja.

E a casa foi ficando com cara de casa e está a um passo de tornar-se um lar. Marido e eu aceitamos visitas: já temos bolo de brigadeiro, cafeteira e – aleluia – máquina de lavar louça.

Recado: outra 'irmã que é irmã': também amo-te.