segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Senhora perfeitinha
Olhar milimetricamente calculado e sorriso inerte
Assim é a senhora perfeitinha
Com suas diversas qualidades,
Mas que não dentre elas a naturalidade
Com seu marido, diz ela, vive num eterno flerte
Traça objetivos sem risco de que não os acerte
Seus filhos, perfeitos, jamais agem como crianças
Mostra ao mundo que sua perfeição é leve como uma dança
E este mundo fingiria acreditar
Talvez simplesmente por preguiça de se importar
Não fosse a senhora perfeitinha
Ávida critica das senhoras normais
Senhoras normais que perdem a paciência
Às vezes a decência
Brigam em público
Aceitam as falhas com naturalidade
E pasmem...
São felizes de verdade
Só não aceitam críticas
Nem julgamentos
Porque se em briga de marido e mulher
Ninguém mete a colher
Imagina em educação de filho
Aquele que tem nos olhos delas seu mais intenso brilho
Então, o recado é esse:
Senhora perfeitinha,
Boa sorte com seu olhar milimetricamente calculado
E com seu sorriso inerte e talvez covarde
Mas da educação dos meus filhos cuido eu
Que me importo com eles de verdade
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