domingo, 14 de setembro de 2008

CTG ou CTP?

Há um mês, o condomínio onde moro enviou uma enquete aos moradores, pedindo sugestões sobre o que fazer com o espaço do restaurante, que estava desativado. As opções incluiam clube, espaço gourmet, sala de música (quem é que vai para uma sala pública escutar música?) e pasmem: um CTG (centro de tradições gaúchas). Gente, eu admiro o amor sul-rio-grandense ao seu umbigo, mas CTG no lugar de uma possível loja de conveniência, ou outras tantas idéias aproveitando o fato de estarmos a meia hora do centro de Porto Alegre, não dá, né?

Para deixar clara minha opinião e na esperança de que ela valesse mais pontos, escrevi um 'NÃO' bem grande na frente desta opção na enquete. Meu marido ficou furioso, achando que este ato deliberado e impulsivo pudesse fazer com que fossemos mal recebidos por nossos prestimosos vizinhos. Eis que solicitei outra enquete e marquei um simples 'não' na referida opção. Preferia perder o voto a perder o marido. E perdi. O voto.

A idéia foi aprovada (!!!), mas na impossibilidade do condomínio seguir os pormenores que constituem um autêntico CTG, a idéia foi adaptada para um galpão crioulo, ou seja, um espaço tipicamente gauchesco, inspirado nos tradicionais galpões dos CTG. A inauguração foi ontem, com banquete do novo chef e proprietário do restaurante do condomínio. Recebi o convite e agradeci enquanto uma voz interna contentava-se em dizer 'então, nem pensar, meu'.

Hoje, sem ter o que fazer, li com calma o convite. O cardápio apresentava sugestões campeiras fantásticas: quibebe, arroz de carreteiro, feijão mexido, arroz com galinha...
E foi aí que a voz interna, dividida e perversa, comentou em tom inocente: 'Mas báh, tu bem que devia ter ido, guria'. Será que minha célula paulista está enfraquecendo ou eu ainda teria forças para lutar pela instalação de um rodízio de pizzas?

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Macho, macho man

A despeito de todo e qualquer traço de virilidade, existem homens que, num ato de gentileza romântica, carregam a bolsa de sua mulher. Acredito que para as mulheres que fazem tal solicitação, seja um ato de o-marido-é-meu-e-já-é-marido-mesmo, mas cada vez que peço ao meu, que por cinco segundos segure minha bolsa enquanto tiro meu casaco, sinto calafrios. Olho para ele e peço a bolsa de volta com a urgência de quem almeja paixão eterna.

E assim é. Marte tem sua moda. Vênus a sua. E minha gente, existe um motivo para tal. Acreditem.